O cinema português esteve em grande no Festival de Cinema de Berlim este ano. "Rafa" de João Salavisa arrebatou o Urso de Ouro para Melhor Curta-Metragem. É já a segunda vez que uma curta deste jovem realizador triunfa num grande festival de cinema, tendo em 2009 "Arena" vencido a Palma de Ouro em Cannes para Melhor Curta-Metragem.
Este filme é giro! É mesmo giro! Venham as críticas que vierem. Quer venham dizer que o filme sofre do síndrome da primeira obra, ou que tem as falhas comuns que costumam ter este tipo de filmes em segmentos.
“Mates” (2011, curta-metragem de António da Silva) é um filme caseiro – que contém sexo explícito – acerca da experiência gay contemporânea. É um filme sobre a “vida real”, corpos anónimos que se encontram em sites, encontros espontâneos e rápidos entre estranhos, a pornografia, os sites de interacção social (social media) e a hiperconectividade dos dias de hoje.
Muito aconteceu no mundo do cinema este ano que agora finda, desde beijo que (quase) ninguém viu nos Óscares em Fevereiro até ao Êxtase na “morte” de Celso Júnior em Setembro no QueerLisboa15. Muitos filmes foram vistos, outros tantos esquecidos e até mesmo alguns ignorados. Eis a lista dos 10 filmes que destacamos:
O documentário "We Were Here" de David Weissman é um dos 15 pré-candidatos aos Óscares da Academia na categoria de Melhor Documentário. À semelhança de categorias como Melhor Filme Estrangeiro ou Melhor Filme de Animação, também a categoria para Melhor Documentário é feita por candidatura. Depois visionados os inúmeros documentários, o comité responsável por esta pré-selecção anunciou esta sexta-feira, dia 18 de Novembro, os 15 eleitos. Os candidatos propriamente ditos só serão revelados a 24 de Janeiro de 2012.
O primeiro filme de Pedro Almodóvar a ganhar um Óscar, "Tudo Sobre a Minha Mãe" ("Todo Sobre Mi Madre", 1999), é o primeiro de uma etapa exclusivamente dramática na filmografia do cineasta. Etapa essa que com "Abraços Desfeitos" ("Los Abrazos Rotos", 2009) já se adivinhava estar a terminar. O novo "A Pele Onde Eu Vivo" ("La Piel Que Habito", 2011) poderá ser o começo de uma nova fase na carreira do realizador, que se encaminha para um outro estatuto, uma outra pele, se assim quisermos.
Franck Finance-Madureira é um dos membros do júri para o prémio de Melhor Documentário do Queer Lisboa 15 e criador da Queer Palm, galardão atribuído no Festival de Cannes ao filme que melhor expresse a cultura queer. O dezanoveencontrou Franck Finance-Madureira, que também é jornalista do site Yagg.com, no bar Le Marais, em Lisboa, onde se promoveu uma festa para os convidados e jornalistas do festival.
Nesta terça-feira, 20, o Queer Lisboa 15 continua a apresentar-nos bons exemplos de longas-metragens que estão em competição e que são fortes candidatos a receber o pato de Melhor Filme. Se não puderam ir ver o filme "Rosa Morena" no passado Domingo, vejam-no hoje às 17h na sala 1.
Para este Domingo, 18, no Queer Lisboa 15, podemos continuar a assistir ao melhor cinema LGBT dos últimos dois anos. Se no Sábado não conseguiram ver "80 Egunean" (Espanha, 2010, 105'), de Jon Garaño e Jose Mari Goenaga, passa hoje às 17h, na sala 1. A peça de teatro "Silenciados" (Chile, 2009, 50'), encenação e dramaturgia de Gustavo Del Río Prieto, também passa hoje, novamente às 21h na sala 2. Para além destes destaques temos a oportunidade de ver o seguinte:
Esta 15.ª edição do Queer Lisboa é mesmo uma edição especial de aniversário. A provar isso é o facto de neste fim-de-semana serem muitos e bons os filmes que se poderão ver no Festival. A nossa sorte é que alguns filmes voltam a ser exibidos.
O Queer Lisboa entra este ano na adolescência. Aquele pato de borracha está tão crescido, já faz 15 aninhos! Deixou de ser um mero reguila para ser agora um adolescente transgressor e rebelde.