1. É num festim de interpretações, ao som de música barroca, 17 coelhos, vários tiros a patos, descidas ao inferno e muito mais que acompanhamos a ascensão e queda de três mulheres, envolvidas num triângulo amoroso lesboerótico, numa típica história de amor, ódio, poder e ambição.
O mais recente filme de Luca Guadagnino, “Chama-me Pelo Teu Nome” (“Call Me by Your Name”, 2017), é uma das estreias mais aguardadas da temporada de prémios. Ainda não foram revelados os nomeados aos Óscares e é já apontado como um dos favoritos, podendo-lhe estar reservadas três a cinco nomeações. Alguns colaboradores do dezanove.pt viram o filme antecipadamente e apresentam, de seguida, as suas críticas.
“Há uma falha grave na educação sexual, não abordando a questão do VIH/SIDA com a profundidade necessária. Continuam a circular estereótipos errados acerca da doença e da sua transmissão do VIH”, partilhou Luís Veríssimo, técnico do centro comunitário CheckpointLX durante o encontro “dezanove ao vivo”, que decorreu no Centro LGBT.
Ouvia-se o murmurar constante das pessoas que se uniram por Orlando. Algumas centenas juntaram-se ontem à noite, 15 de Junho, junto à estátua de D. João I, na Praça da Figueira e demonstraram que Lisboa também é Orlando mas, sobretudo, que Lisboa é Gay, Lisboa é LGBTI.
Nesta 86.ª edição da Feira do Livro de Lisboa, o dezanove decidiu ir, por duas vezes, à procura de livros LGBT. A tarefa não fica nada fácil se não tivermos já os títulos e nomes dos autores em mente, afinal estes livros não abundam. Clássicos como “O Retrato de Dorian Grey”, de Oscar Wilde, e tornados clássicos como “The Perks of Being a Walflower”, de Stephen Chbosky, encontram-se tão facilmente como as ervas daninhas nos Jardins do Parque Eduardo VII. Os outros, só mesmo com um olhar mais atento, de quem é dono de todas as horas do dia. Quanto aos preços, convenhamos que uns eram mais de feira do que outros. Para facilitar a vida e as buscas deixamo-vos com as informações de alguns dos nossos achados.
Finalmente estreia em Portugal “Love Is Strange – O Amor É Uma Coisa Estranha”, filme de 2014 realizado por Ira Sachs. Esteve para estrear por duas vezes nesse ano e mais outra em 2015. E o facto de só agora estrear nos cinemas portugueses é a maior crítica que se pode fazer.
O filme “Carol” (2015) de Todd Haynes estreia em Portugal depois de no ano passado ter sido seleccionado para o Festival de Cinema de Cannes, de ter saído da Croisette com o prémio de melhor actriz, entregue a Rooney Mara, de lhe ter sido entregue a Queer Palm e de ser um dos filmes da actual temporada de prémios. Recebeu seis nomeações aos Óscares, cinco para os Golden Globes, nove para os BAFTAs e muitas mais. A realização de Haynes, a fotografia de Edward Lachman, a banda sonora de Carter Burwell e as interpretações de Cate Blanchet e Rooney Mara têm sido bastante elogiadas.
Escolher os melhores do ano não é tarefa fácil. Este ano o critério utilizado não foi só o facto destes filmes serem os melhores, mas também os que causaram maior burburinho e impacto, ou até mesmo o mais polémico, ou a maior desilusão. Eis a lista:
"Eu não saí do armário porque já estou cá fora. Eu vivo fora." Foi assim que Holland Taylor falou sobre a sua sexualidade. A actriz de 72 anos saiu assim do armário.
E se a expressão ‘bullying homofóbico’ não é a mais apropriada para designar a violência física e psicológica que atinge as crianças e adolescentes portugueses em função da sua orientação sexual ou identidade de género?
A associação Tudo Vai Melhorar, afiliado oficial do It Gets Better Project, está a comemorar três anos de existência. Para o efeito vai realizar em Lisboa, nos próximos dias 20 e 21 de Novembro, sexta-feira e Sábado, respectivamente, dois eventos.
“Estou aqui para admitir que sou VIH positivo.” foi com estas palavras que o actor Charlie Sheen admitiu hoje ao programa “Today Show” que é seropositivo. O rumor já corria há algum tempo. Mas, nem o próprio, nem pessoas próximas haviam ainda confirmado. A entrevista foi solicitada pelo actor para acabar com os rumores e com as chantagens de que tem sido alvo.
O telemóvel da imagem acima poderia ser o telemóvel dos leitores do dezanove que votaram no inquérito em que se perguntava: “Qual a tua aplicação móvel preferida para conhecer pessoas?”. Na era dos smartphones e dos tablets as aplicações ou apps são rainhas, donas e senhoras e dentro deste universo as app para conhecer pessoas são muitas, variadas e para todos os gostos.
O mais recente livro de Paul B. Preciado é lançado no Porto e em Lisboa. “Manifesto Contrassexual”, Edições Unipop, é o primeiro livro lançado em português de um dos autores mais influentes da actualidade em identidade de género, sexualidade e teoria queer. A apresentação do livro no Porto será no dia 23 de Outubro, às 18h, na Livraria Gato Vadio (Rua do Rosário, 281) haverá também um debate com Helena Lopes Braga e Pedro Feijó, investigadores e tradutores do livro, e com Ana Cristina Santos, investigadora. Em Lisboa a apresentação é no dia seguinte, 24 de Outubro, às 21h, na 49 da ZDB (Rua da Barroca, 49, Bairro Alto), onde também haverá um debate com os tradutores e com João Manuel de Oliveira (investigador). Antes da apresentação serão exibidos os vídeos ‘Solar Anus’ (1998) de Ron Athey e ´Here come the Ecosexuals´ (2015) de Elizabeth Stephens.
Este ano o Queer Lisboa 19 decidiu abrir e fechar o certame com a exibição de dois filmes que estiveram presentes nas duas últimas edições do Festival Internacional de Cinema de Berlim. Na abertura assistimos a “Praia do Futuro” (2014) de Karim Aïnouz, que esteve presente na edição de 2014, e no encerramento poderemos ver “Eisenstein in Guanajuato” (2015) de Peter Greenaway, que marcou presença este ano.
Jo Bernardo é talvez, se não mesmo, a primeira activista T em Portugal. “Chá da Meia-Noite” (2014) de Sibila Lind, jornalista multimédia do jornal Público, tenta (re)descobrir esta figura ímpar do panorama queer português.
A passagem da secção Queer Art, dedicada ao cinema de cariz mais experimental e que existe desde 2007, a secção competitiva é a grande novidade deste ano do Queer Lisboa 19.