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Dar as mãos em público poderá vir a ser ilegal no Montana

O Partido Republicano do Estado de Montana  (EUA) apresentou um programa eleitoral, no mínimo, bizarro. Entre outras medidas, o partido pretende criminalizar a homossexualidade e proibir o acto de andar de mãos dadas em público depois do pôr-do-sol.

Em 1997 o Supremo Tribunal de Justiça de Montana deliberou contra a proibição da homossexualidade, no entanto, em Junho deste ano o partido republicano adoptou uma posição oficial para a introdução de novas leis para a ilegalização da mesma.

As reacções não se fizeram esperar. O senador republicano pelo Estado de Montana, John Brueggeman, afirmou: “Eu olhei para aquilo e pensei ‘Devem estar a brincar’. Deveria ser retirado [do programa]? Completamente. Há alguém que pensa que deveríamos prender homossexuais? Se as pessoas pensam assim, provavelmente não deveriam pertencer ao Partido Republicano.”

Em comunicado o Partido Republicano de Montana  fez saber: “Apoiamos a vontade expressa dos habitantes de Montana em manter os actos homossexuais ilegais.”

Já o Bowen Greenwood, responsável pelo partido declarou à Associated Press: “Houve, e ainda existem, legisladores dentro do partido que acreditam que a legislatura deveria ditar a lei e não o Supremo Tribunal.” Recentemente, uma filiação local do Partido Republicano destitui o seu presidente depois deste ter feito comentários homofóbicos no Facebook, o que não deixa de ser irónico.

A proposta de proibição da homossexualidade está incluída numa lista de leis que, entre outras ideias, também dita que casais heterossexuais estão proibidos de dar as mãos em público depois do pôr-do-sol; todas as pessoas que possuam propriedades têm de ser instruídas; quando um animal é abatido devem aproveitar-se todas as partes do mesmo e, mais bizarro ainda, a ilegalização do jogo de computador Doom II neste estado norte-americano.

Lúcia Vieira

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Bullying aumenta nos Estados Unidos (vídeo)

 

Seth Walsh, um adolescente californiano de 13 anos, faleceu esta terça-feira no hospital onde passou nove dias ligado às máquinas depois de uma tentativa de suicídio. Seth foi alvo de bullying por ser gay.    O jovem foi encontrado a 19 de Setembro inconsciente, depois de se tentar enforcar no ramo de uma árvore. Seth era gay assumido e foi gozado durante anos pelos colegas dentro e fora do ambiente escolar.  Após apenas duas semanas de aulas, Seth foi transferido para um programa educacional independente devido ao bullying implacável de que era vítima. Os responsáveis escolares da Jacobsen Middle School alegam não terem recebido qualquer relatório relacionado com bullying nesta escola.

Segundo as autoridades policiais não se pode processar estudantes porque “gozar não é considerado um acto criminoso”.

Judy Walsh, avó do jovem, apelou para que haja uma maior tolerância na comunidade, declarando: “Esperamos que esta comunidade desenvolva tolerância pelas pessoas que são diferentes.”

 

                     

A morte de Seth é a quarta no espaço de um mês devido a bullying anti-gay:

A 9 de Setembro, Billy Lucas de 15 anos de idade, natural de Indiana enforcou-se na casa da avó. Os seus amigos confirmaram que Lucas tinha sido atormentado durante anos devido à sua orientação sexual.

No dia 13 de Setembro, Asher Brown de 13 anos de idade, do Texas, suicidou-se com um tiro na cabeça enquanto os pais estavam a trabalhar. Os pais declararam que Asher era vítima constante de perseguição e bullying.

Na semana passada, a América voltou a ficar em choque. No dia 22 de Setembro, um caloiro da Universidade de Rutgers deixou uma mensagem de adeus na sua página do Facebook antes de se atirar da ponte George Washington. Tyler Clementi de 18 anos foi filmado sem autorização por um colega de quarto enquanto mantinha relações sexuais com um homem. O vídeo foi publicado na Internet e levou ao desespero de Tyler: “Vou atirar-me da ponte gw. lamento". O corpo de Tyler não foi encontrado, apenas se recuperaram os documentos de identificação do jovem estudante.

                            

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Duas semanas para promover a diversidade LGBT em Aveiro

 Durante os primeiros 15 dias de Outubro o núcleo local de Aveiro da associação de jovens rede ex aequo promove iniciativas culturais que visam sensibilizar as população local para a questão da discriminação de que são alvo as lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros. O dezanove foi falar com Juliana Frazão e Romeu Monteiro, de 21 anos, elementos do grupo responsável pelo evento.

 

dezanove: A sexta edição do “diversidade na cidade” arranca amanhã. Como tem sido a receptividade da cidade ao evento nos últimos anos?

Romeu Monteiro: Tem vindo a aumentar, provavelmente não só devido à mudança nas mentalidades, mas também devido à divulgação e ao espaço onde o evento ocorre. Geralmente tem vindo gente de todo o país, sobretudo membros da rede ex aequo. As pessoas de Aveiro são um pouco mais "tímidas", mas a adesão é boa, costumamos ter um número considerável de participantes. Na última edição, em Outubro de 2008, a adesão foi grande, e quando o ano passado o evento não se realizou houve muita gente a perguntar-nos quando se voltaria a realizar.  

 

Que dificuldades se deparou o grupo ao longo do tempo para organizar um evento deste género?

Normalmente o maior obstáculo costuma ser a angariação do espaço para o evento, nas datas que temos em mente, ou seja, as duas primeiras semanas de Outubro. Costuma ser algo crucial, e em que costumamos ter o apoio da Associação Cultural Mercado Negro. Em 2009 não foi possível contar com esse apoio e, infelizmente, isso acabou por se traduzir na não realização do diversidade na cidade nesse ano.  

 

Que apoios recebem?

Recebemos apoio da Associação Cultural Mercado Negro nos últimos anos, mas também da Livraria Navio de Espelhos, Teatro Aveirense e da Galeria de Design - Aveiro Meu Amor, espaços estes onde se realizaram, no passado, ciclos de cinema e/ou exposições no âmbito deste evento. De forma indirecta recebemos também apoio do IPJ e da Comissão para a Igualdade de Género, que são os maiores financiadores da rede ex aequo.  

 

Existem dados sobre o número de presenças totais na última edição em 2008? Quantas são esperadas este ano? 

A adesão tem vindo a aumentar e foi bastante significativa na última edição. No entanto, esperamos sempre que venham mais e mais. Quanto a este ano, podemos referir que na nossa página no Facebook cerca de 60 pessoas já mostraram interesse no evento. 

 

 

Que estratégias estão a ser utilizadas para fazer com que este evento chegue aos aveirenses e aos portugueses em geral?

A divulgação tem sido feita no fórum online da rede ex aequo, via mailing lists de divulgação da própria associação (só a do fórum chega a mais de 9000 pessoas), através de cartazes espalhados pela cidade e Universidade de Aveiro, e através de contactos com vários órgãos da imprensa local que noticiam as várias edições deste evento.  

 

O que têm a aconselhar a pessoas que vivam em cidades da mesma dimensão para que consigam implementar eventos deste tipo?

Um evento deste tipo por mais "simples" que pareça ser, dá bastante trabalho. É preciso planear o evento com bastante antecedência. É necessário escolher os filmes e os temas das tertúlias e das exposições. Depois angariar o espaço para o evento e promover o evento antecipadamente em todos os meios possíveis. Depois há que inaugurar o mesmo com muito ânimo e realizar o evento com base numa organização de sucesso entre-pares. Por fim, deve-se reflectir como correu e o que se poderia mudar que o próximo corra ainda melhor o próximo. Importante, é nunca desistir por mais que as portas não se estejam a abrir com facilidade.

 

Programa em: http://www.rea.pt/aveiro/diversidade/

Entrada livre.

 

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Os primeiros casamentos dos portugueses famosos

Os primeiros casamentos das figuras públicas começam a pouco e pouco a realizar-se em Portugal.  Após a simbólica cerimónia ainda antes da aprovação da lei do casamento entre o designer Ricardo Mealha e David Rodrigues no final de 2009, foi a vez de Teresa e Helena logo no primeiro dia em que a lei entrou em vigor,  7 de Junho de 2010.

 

Em Agosto foi a vez do escritor Eduardo Pitta que casou com o seu companheiro Jorge Neves, com quem vive há quase 40 anos. O autor do ensaio Fractura (primeira obra em Portugal em que a homossexualidade é analisada ao nível do estudo do texto literário) é a primeira figura pública a divulgar publicamente a realização do seu casamento com uma pessoa do mesmo sexo, noticiou o jornal Público, onde o poeta e ensaista faz crítica literária.

Também para este mês estava agendado o casamento civil entre o cientista Alexandre Quintanilha e o escritor norte-americano Richard Zimler, naturalizado português e autor de obras como "O Espelho Lento" e "Os Anagramas de Varsóvia". Em entrevista à Notícias Magazine, Zimler afirmou "se calhar é um bocado absurdo ao fim de 31 anos de união, mas eu quero casar."

E como Agosto é definitivamente mês de casamentos, a 23 foi a vez de  o músico Henrique Feist e o actor Ricardo Spínola contraírem matrimónio.

Entretanto o conhecido cabeleireiro Eduardo Beauté e o modelo Luís Borges anunciaram no Facebook que se irão casar.  O casal já tinha assumido a relação e trocavam publicamente mensagens de afecto na rede social Facebook.

 

(notícia actualizada a 30 de Agosto)

 

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Ataque homofóbico na véspera do Dia de Portugal

Três pessoas foram vítimas de um ataque homofóbico na noite de 9 para 10 de Junho na rua da Imprensa Nacional, em Lisboa. A agressão começou no café B&S. A., que por questões de segurança prefere não ser identificado, contou ao dezanove que se encontrava às 2h30 no B&S à espera do namorado e de uns amigos para ir para a discoteca Trumps, que se localiza na mesma rua. Foi então que dois homens entraram no bar, “que estava quase vazio, com o intuito de me agredirem”. Após vários insultos, “pedi o livro de reclamações por estar a ser incomodado dentro do café. Assim que cheguei ao balcão e o fiz, pegaram em mim e bateram-me com a cabeça no vidro de um carro”. Outras duas pessoas foram ainda vítimas destas agressões.  A., que apresentou queixa à polícia, não hesita em descrever este ataque como sendo homofóbico.

Recorde-se que o Dia de Portugal é a data escolhida pela extrema-direita para sair à rua. “Segundo o que ouvi na esquadra, bem como notícias que recebi no Facebook, houve várias agressões durante o dia na zona do Martim Moniz, junto das comunidades imigrantes, e de noite na zona do Bairro Alto e Príncipe Real”, referiu. O Partido Nacional Renovador (PNR), por exemplo, manifestou-se a 10 de Junho em Lisboa, entre Largo do Rato e a Praça de Camões, onde envergou faixas onde se podia ler “Pela família e contra o lóbi gay”.