No início da noite, foi Umafricana que esteve a cargo, com propostas de DJing de swing africano. A sala do Musicbox foi se enchendo para mais um concerto de Bia Ferreira. As conversas eram preenchidas pela vontade de ver a estreia da cantora brasileira, fundadora da igreja “Lesbiteriana”, no rap (sigla das palavras inglesas "rhythm and poetry").
Nos últimos anos, a cantora, compositora e ativista brasileiraBia Ferreiratem sido presença assídua em diversos palcos portugueses, desde salas pequenas, a teatros e festivais. Depois de uma última apresentação em novembro de 2023, regressa a 28 de Março para realizar 5 concertos (4 em Portugal e 1 em Espanha).
Bia Ferreira, cantora negra e lésbica usa a palavra como tecnologia do desconforto. A luta contra o racismo e a lgbtfobia é feita pela palavra e pela participação do público. O concerto nos Jardins de Verão da Fundação Calouste Gulbenkian terminou com o canto colectivo que serviu de aviso para aqueles que negam os impactos do racismo e da homolesbotransfobia na vida concreta das pessoas: “A conta vai chegar!!!