No nosso país somam-se pérolas, como aquela em que Nuno Graciano afirmou que não acreditava na bissexualidade ou aquela vez em que PCP e Expresso trocaram galhardetes devido a uma alegada violência homofóbica na Festa do Avante. E aquela vez em que José Rodrigues dos Santos disse que se tratou de um “equívoco” ter usado “eleito ou eleita” referindo-se a Alexandre Quintanilha? Já o economista Pedro Arroja, entre inúmeras pérolas que proferiu no seu espaço de comentário semanal no Porto Canal, afirmou, aquando da aprovação da adopção plena, que a educação das crianças criadas por casais de pessoas do mesmo sexo iria “ser deficiente”. Num programa de crítica social o fadista Nuno da Câmara Pereira não quis ficar atrás e afirmou que “90% dos homossexuais só o são por moda”. Em Lisboa, uma professora recusou tratar uma aluna pelo género com que esta se identifica: um caso de transfobia que aconteceu na Escola António Arroio. Lisboa também foi brindada com a visita de um terapeuta americano que tentou explicar a “cura” para a homossexualidade. 

No que aos outros países diz respeito, as notícias insólitas e bizarras vieram de vários sítios. Em Goa, na Índia, querem colocar jovens LGBT em centros de reabilitação, numa tentativa de ficarem “normais”. Já a Rússia, país habitual nestas polémicas, teve também a “brilhante” ideia de impedir travestis e transexuais de conduzirem. A TV pública angolana quis marcar posição na ficção ao transmitir o primeiro beijo gay numa novela naquele país, mas logo a seguir a este ter ido para o ar, numa reviravolta de romance de cordel, suspendeu a trama. Do Brasil chegou-nos o trailer do documentário “Amores Santos”, que está a ter um impacto mediático tremendo ao expôr a homossexualidade no seio das religiões. Na Austrália um casal cristão ameaçou divorciar-se caso o casamento gay fosse aprovado no país. Um pastor norte-americano quis imolar-se pela mesma razão. O casamento foi aprovado nos EUA. Será que se imolou mesmo?

A rematar este inusitado top relembramos aquela que foi apresentada como uma “nova tendência”: Ser highsexual, ou seja, pessoas heterossexuais que, sob o efeito de drogas, têm “comportamentos homossexuais”.

Podes não acreditar, mas é verdade. Foi um ano recheado de tiradas ao lado!

Marta Santos