Cinco deputados do PSD faltaram à votação sobre sobre o referendo da adopção e co-adopção de crianças por parte de casais de pessoas do mesmo sexo, incluindo a vice-presidente da bancada parlamentar Teresa Leal Coelho. Mesmo assim, isso não impediu o PSD de conseguir aprovar a proposta de referendo.
Um inquérito levado a cabo pelo site dezanove.pt revela que a esmagadora maioria dos participantes não concorda com o referendo proposto pelo PSD acerca da adopção e da co-adopção de crianças por parte de casais do mesmo sexo.
O debate desta quinta-feira no Parlamento deixou claro que apenas o PSD defende a realização de um referendo sobre adopção e co-adopção por parte de casais de pessoas do mesmo sexo. Esta ideia começou a ser apresentada por Hugo Soares, líder da JSD, mas transformou-se numa matéria onde é agora exigida disciplina de voto para os deputados da bancada do PSD.
Depois de discutida em comissão parlamentar, 16 de Janeiro é a data escolhida para discussão em plenário da proposta de realização de um referendo à co-adopção por casais do mesmo sexo em Portugal.
“Venho pedir-vos a decência de aprovarem a lei da co-adopção, não porque a considero excelente, excelente seria simplesmente todas as crianças deste país terem uma família feliz onde crescer em segurança, mas porque nenhuma família deveria ter de passar pela situação que a nossa está a passar.” É desta forma que Fabíola Cardoso se dirige numa carta aos deputados da Assembleia da República, onde relata a situação da sua família.
A iniciativa dos deputados do PSD para a realização de um referendo à co-adopção por casais do mesmo sexo será discutida na próxima quarta-feira, 11 de Dezembro, na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
A Porto Editora anunciou as 10 palavras que estão em votação online como candidatas a Palavra do Ano. Co-adopção, grandolada, irrevogável, inconstitucional e swap são algumas das palavras que constam da lista. Nas edições anteriores, as palavras vencedoras foram "Entroikado" (2012), "Austeridade" (2011), "Vuvuzela" (2010) e "Esmiuçar" (2009). A palavra do ano será conhecida a 3 de Janeiro.
A proposta do líder da JSD, Hugo Soares, de realizar um referendo ao tema da adopção e co-adopção por parte de casais de pessoas do mesmo sexo, apenas apresentada na terça-feira, teve como efeito o adiamente do votação do projecto de lei do PS para a consagração da co-adopção por casais do mesmo sexo.
Hugo Soares, líder da Juventude Social-Democrata (JSD) e deputado na Assembleia da República, propôs um referendo sobre a co-adopção e adopção de crianças por um dos cônjuges de casais do mesmo sexo ou unidos de facto.
Os responsáveis por uma das convocatórias para a contra-vigília do 23 de Julho não deixavam de mostrar a sua satisfação pelos resultados. Terão estado do lado LGBT cerca de 150 pessoas, um número semelhante ao dos participantes da vigília promovida pela Comissão Nacional Pró Referendo Vida contra a lei da co-adopção, esta terça-feira à noite, em frente ao Parlamento.
A votação da lei da co-adopção, que devia ocorrer antes do encerramento da actual legislatura, foi adiada para Setembro. É que o PSD e CDS aprovaram esta terça-feira um requerimento apresentado pelos sociais-democratas em que pediam que a votação na especialidade e a votação em plenário passasse para o início da próxima legislatura. O partido de Passos Coelho argumenta que foi apresentada pelo PS uma alteração ao diploma ontem à tarde e que falta ainda realizar audições na comissão parlamentar.
A 24 de Julho deverá decorrer no Parlamento a votação final do diploma do PS sobre co-adopção por casais do mesmo sexo. O projecto da co-adopção, aprovado na generalidade com 99 votos a favor e 93 contra, seguiu depois para discussão na especialidade na Comissão de Assuntos Constitucionais. Houve ainda nove abstenções. "Aquando da votação na generalidade, tivemos a sensação que ia ser muito renhido, mas felizmente tivemos a primeira vitória", comentou ao dezanove Pedro Delgado Alves, um dos deputados subscritores da proposta de lei de co-adopção.
Foi marcada para 23 de Julho, a partir das 21h, a vigília “Pelo Direito a uma mãe e a um pai”, que exige o chumbo da Lei da co-adopção. O protesto, em frente à Assembleia da República, é promovido pela Comissão Nacional Pró Referendo-Vida. No dia seguinte a lei será votada no Parlamento.
Esta sexta-feira, pelas 14h30, a ILGA Portugal e a AMPLOS - Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual e Identidade de Género serão ouvidas pelo Grupo de Trabalho sobre Co-adopção da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
Este Sábado, o Porto vai receber a Marcha do Orgulho LGBT, a partir das 15h30, com saída da Praça da República. Na semana seguinte é a vez de Braga acolher, pela primeira vez, uma Marcha pelos Direitos LGBT. Mas afinal, o que há para reivindicar? Como é que actual situação económica pode afectar os direitos conquistados? Sérgio Vitorino (Panteras Rosa) em discurso directo.
Tinha 28 dias e vinha no colo das mães. Foi há um ano que o dezanove.pt encontrou o pequeno Matias na Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa. Um ano depois reencontramos Matias, desta vez num carrinho de bebé, e as suas mães no mesmo lugar.
O regime autoritário - Estado Novo - que vigorou em Portugal por mais de 40 anos (1933-1974), com todas as consequências económicas, sociais e culturais que daí resultaram, assim como uma industrialização tardia, são factores que justificam a não existência de um movimento que defendesse os direitos dos homossexuais em Portugal antes dos anos 90. Apesar de algumas tentativas a seguir ao 25 de Abril de 1974, podemos considerar que só mesmo na década de 90 surgiu um certo activismo, em particular a partir das redes de amizade formadas no contexto das primeiras organizações de luta contra a sida.
Poucos foram os políticos presentes na Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa no passado Sábado. O dezanove.pt conseguiu chegar à fala com a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins para perceber as motivações da participação do partido na marcha do arco-íris.
Na 14ª edição da Marcha do Orgulho LGBT poucos foram os políticos presentes. Entre eles esteve Pedro Delgado Alves, do Partido Socialista, e que recentemente apresentou a proposta de lei de co-adopção. Foi esse tema que o dezanove.pt abordou com o deputado este Sábado.