Nos últimos anos assistimos a um aumento na facilidade com que as pessoas falam acerca da sua saúde mental. Sem dúvida alguma, isso constitui um enorme avanço na forma como aceitamos a neurodiversidade alheia (e também a nossa), e permite-nos interagir com os outros de uma forma mais empática e que toma em consideração os sacos invisíveis que carregamos connosco.
Foi-me difícil retomar a escrita. Provavelmente não deveria ter parado de forma tão abrupta como parei (com a excepção do meu diário que, a seu tempo, partilharei de forma altamente editada), uma vez que isso torna a retoma muito mais complicada, mas não deu. Os meses que separam esta e a última crónica foram marcados por uma lesão desportiva mal curada; uma situação de aproveitamento emocional e objectificação por parte de mais um narcisista, uma completa deterioração da minha situação de habitação partilhada e consequente procura de um sítio novo para viver neste ambiente que todos conhecemos tão bem; e, finalmente e com toda a certeza bem embrulhadinha neste lamaçal todo, uma depressão clínica.
No seguimento da crónica anterior, esta semana decidi reflectir um pouco acerca de uma série e de um filme que estrearam no final do ano passado. A série está no Netflix e chama-se Smiley e o filme é o Bros que recebeu imensa publicidade por ser a primeira comédia romântica gay lançada por um estúdio mainstream.
A canção da Joni Mitchell que serve de título a esta crónica, é muito provavelmente, uma das canções mais bonitas alguma vez escritas por alguém. É uma celebração daquela maturidade agridoce que vem com o envelhecer e da capacidade de olhar para as coisas com outros olhos ou de ver ambos os lados de uma mesma moeda.
Esta semana decidi reflectir e escrever um pouco acerca de estigmas e slut-shaming dentro da comunidade gay masculina. (Isto com a quase-certeza de que é algo que também acontece dentro das outras letras do nosso arco-íris, mas como só tenho conhecimento do se passa na letra G, não vou extrapolar, mas deixo o convite aos leitores que fazem parte das outras letras a dar o seu contributo).
Em jeito de sequela a uma das crónicas anteriores, e também porque este tópico têm surgido em conversa com várias pessoas, esta semana queria debruçar-me um bocadinho sobre o tema da erosão emocional acerca do qual comecei a falar anteriormente e também sobre os motivos pelos quais eu acho que é um conceito muito diferente de “cansaço emocional”.
Esta crónica começou a ser escrita ao som da música mais lamechas que consegui lembrar-me: a banda sonora do Titanic. Não por nenhum motivo específico mas apenas para descobrir se a sobreposição de pífaros, vozes sintetizadas e violinos a tocar o refrão do My Heart Will Go On ad-nauseam ajudaria com o writer’s block do qual já venho padecendo há algum tempo.
Os últimos meses têm sido estranhos. Parece que sem saber muito bem como, fiquei encalhado no ditado popular “sorte ao jogo, azar no amor”, sendo que no meu caso é mais “sucesso no trabalho, azar no amor”.
Como esta é a crónica número 19, achei que esta semana era a ocasião ideal para celebrar o primeiro aniversário da minha primeira desilusão depois de ter ficado solteiro.
As próximas duas semanas irão ver publicada em duas partes uma crónica escrita há cerca de dois meses atrás. É um daqueles textos que eu decidi deixar na gaveta a marinar durante uns meses enquanto decidia se o partilhava ou não e foi, em parte, o texto que me desligou finalmente daquela saga acerca da qual vocês já devem estar cansados de ouvir. No entanto, penso que de todas as crónicas que escrevi e partilhei até agora, esta foi talvez a que mais me ajudou a arrumar definitivamente as ideias e a deixar ir uma pessoa após perceber que não havia rigorosamente nada a recuperar daquela situação. Leiam-na, por isso como um flashback a uma altura para a qual agora olho como uma experiência de aprendizagem e amadurecimento valiosa.
Costuma dizer-se que Santo António é o Santo casamenteiro por excelência, mas ao que parece, o meu nome não constava na lista de noivos abençoados para este ano e por isso decidi escrever acerca da outra festa importante que acontece este mês e que, emparelhados ou não, é a nossa festa: o Pride.
Há uns meses, nos comentários, o muy-estimado leitor Lobo Malhado disse uma coisa que me ficou na cabeça. Era algo acerca de receber a resposta “não temos muito em comum mas serves para amigo”, após a qual se seguia normalmente a outra pessoa começar a “andar” com alguém com quem ainda tinha menos em comum.
Não era suposto a crónica desta semana ser acerca deste tema e, pelo título, já devem ter percebido que não podia enterrar a cabeça na areia e não escrever acerca do surto de varíola.
A crónica desta semana vai ser num registo um pouco diferente do habitual. Apercebi-me que um dos fios condutores destes últimos três meses é o Tempo e, por isso, esta semana decidi reflectir um bocado acerca daquilo que ele significa para mim.
O tempo voa! Esta é a minha 12ª crónica, o que quer dizer já ando nisto há cerca de três meses e isso faz da minha relação com vocês, leitores, a coisa mais estável e duradoura que me aconteceu desde que cheguei a Lisboa. Obrigado… acho eu…