Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Dezanove
A Saber

Em Portugal e no Mundo

A Fazer

Boas ideias para dentro e fora de casa

A Cuidar

As melhores dicas para uma vida ‘cool’ e saudável

A Ver

As imagens e os vídeos do momento

Praia 19

Nem na mata se encontram histórias assim

Adopção por casais do mesmo sexo defendida por Bloco, PEV e PS, a ideia de um novo referendo e o chumbo da PMA

AR.jpg

No passado mês de Setembro, o Bloco de Esquerda anunciou que iria levar a adopção por parte de casais do mesmo sexo novamente ao Parlamento. Seguiu-se um projecto idêntico do Partido Ecologista Os Verdes. Esta semana foi a vez do PS.

Isabel Advirta: “É inacreditável que, mesmo no movimento LGBT, haja quem se refira às questões da parentalidade como ‘adopção gay’”

isabeladvirta.jpg

Isabel Advirta, que acaba de assumir a direcção da ILGA Portugal, explica em entrevista ao dezanove.pt porque escolheu as questões da parentalidade como prioridade. E aponta para os aspectos negativos e positivos do actual governo em questões LGBT.

 

Nova direcção da ILGA Portugal vai dar prioridade à adopção e à PMA

ILGA.jpg

Isabel Advirta, a primeira mulher eleita presidente da ILGA Portugal, estabeleceu já a prioridade para o seu mandato: “As questões da parentalidade.” “Iremos reforçar o trabalho político que temos vindo a fazer de luta contra a discriminação das pessoas LGBT, nomeadamente no que diz respeito ao reconhecimento legal das nossas famílias e ao fim de exclusões que são também violações de Direitos Humanos e do princípio constitucional da igualdade", refere.

Este bebé tem duas mães e um pai. Todos reconhecidos legamente

Pela primeira vez um recém-nascido foi registado com o nome de três pessoas como progenitores da criança. O sucedido é inédito e aconteceu no Canadá. Della, o bebé de três meses, é filha de um casal de lésbicas e um amigo, o pai biológico.

 

 

Isilda Pegado: "Temos de pensar acima de tudo nos direitos das crianças"

Depois de debater o casamento entre pessoas do mesmo sexo e da lei de identidade de género, o programa "Você na TV" da TVI voltou a abordar mais uma das leis que os signatários da petição "Defender o Futuro" pretendem ver reavaliadas ou revogadas. No programa da TVI da última quinta-feira, foi a vez do tema ser a procriação medicamente assistida.

Já apoias o movimento da Catarina pela plena parentalidade em Portugal?

Para Catarina Leitão a única razão que leva à proibição da adopção por casais do mesmo sexo em Portugal é apenas uma: o preconceito.

Catarina tem 28 anos, está a efectuar doutoramento em Psicologia Social na Universidade do Minho e é uma das centenas de pessoas que submeteu uma iniciativa de cidadania no portal de Governo de Portugal: "Parentalidade em Casais do Mesmo Sexo". Este movimento defende a possibilidade de adopção de crianças por ambos os cônjuges, a co-adopção de filho biológico do companheiro e o acesso à procriação medicamente assistida em casais do mesmo sexo.

 

Lançada petição pela legislação da parentalidade por casais do mesmo sexo em Portugal

O tema da adopção de crianças por casais do mesmo sexo vai voltar à Assembleia da  República após as férias de Verão. A acção partiu de quatro deputados do PS (Pedro Delgado Alves, Isabel Moreira, Elza Pais e Maria Antónia  Almeida Santos) que apresentaram em Julho último uma proposta de projecto-lei para a co-adopção de crianças que já vivem em famílias constituídas por casais do mesmo sexo. Se o projecto-lei for aprovado, este garante que o poder paternal seja dividido por ambas as partes do casal e uma maior segurança e igualdade para as crianças.

 

É com este cenário em vista que surge agora uma petição online [assinar aqui] que pretende sensibilizar a população portuguesa para a importância de legislar a parentalidade por casais do mesmo sexo.

 

Presidente da Associação de Bioética: impedir PMA a lésbicas e homossexuais é uma afronta

O Presidente da Associação Portuguesa de Bioética (APB), Rui Nunes, soma-se ao Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida nas críticas contra o acesso às técnicas de procriação medicamente assistida por parte de casais homossexuais.

Conselho de Ética: Estado tem de apresentar “razões de peso” se quiser impedir PMA a homossexuais

O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) divulgou na semana passada um parecer datado de 26 de Março último sobre o acesso às técnicas de procriação medicamente assistida (PMA) e à gestação de substituição. O pedido de parecer foi efectuado pela Assembleia da República dado que dois projectos de deputados do PS e do PSD ainda serão alvo de discussão no Parlamento. Recorde-se que em Janeiro último os projectos do Bloco de Esquerda e do PS foram rejeitados no Parlamento.

 

 

Debate sobre PMA não foi esclarecedor

O debate público sobre a procriação medicamente assistida (PMA) foi suficiente? A questão foi colocada pelo dezanove no seu último inquérito, respondido por 601 pessoas. O resultado mostra que 81,2% dos participantes considera que o debate sobre o tema não foi esclarecedor. Apenas para 4,66% tem opinião contrária. A 20 de Janeiro o Parlamento chumbou as propostas do Bloco de Esquerda e de um grupo de deputados do PS que pretendiam alargar o acesso das mulheres solteiras e de casais homossexuais à procriação medicamente assistida. No entanto, parece que a maioria da população não percebeu o que estava realmente em causa.

Como os portugueses olham para as famílias homoparentais? Pedro Alexandre Costa dá as respostas

Pedro Alexandre Costa está a efectuar doutoramento em Psicologia no Instituto Superior de Psicologia Aplicada e na Universidade da Beira Interior, que tem como ponto central as famílias homoparentais. O seu trabalho divide-se em duas grandes áreas. Por um lado, pretende caracterizar as famílias homoparentais recorrendo a um questionário que deve ser preenchido por membros destas famílias. Por famílias homoparentais Pedro Alexandre Costa esclarece serem as compostas por um ou dois pais gays (ou bissexuais) e uma ou duas mães lésbicas (ou bissexuais) com filhos, podendo o laço ser biológico, afectivo, legal, ou outro.

O que está em causa no debate da Procriação Medicamente Assistida

A 19 de Janeiro, quinta-feira, o Parlamento será mais uma vez palco de um debate onde também estão em jogo direitos da população LGBT portuguesa. O dezanove responde às questões mais pertinentes.

 

 

 

Bloco quer procriação medicamente assistida para todas as mulheres

O Bloco de Esquerda (BE) apresentou esta tarde um projecto de lei com alterações à lei de procriação medicamente assistida (PMA) para que esta não esteja apenas limitada às situações de infertilidade.  Este projecto de lei visa alargar a PMA a quem não seja infértil, a pessoas sozinhas, bem como a legalização das “barrigas de aluguer” no caso de gravidez impossível.

Em conferência de imprensa o deputado João Semedo lembrou que a lei da PMA tem cinco anos e que apesar do progresso que trouxe, tem limitações que devem ser alvo de alteração.

 

As próximas prioridades da agenda LGBT

A agenda LGBT está bem definida. As prioridades são a a co-adopção, a perfilhação e a procriação medicamente assistida. São estas que “têm agora de ser trabalhadas junto dos partidos políticos. Há que fazer um trabalho de convencimento com o PSD, porque é importante avançar nestas áreas” afirmou ao dezanove Miguel Vale de Almeida à margem da Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa, que decorreu este Sábado. Para o antropólogo e ex-deputado é preciso “pôr os temas na agenda dos media e fazer parcerias”, porque se “pode fazer o mesmo trabalho com este novo governo”. Vale de Almeida acrescenta que “não é nada expectável que o governo de direita faça algum retrocesso no que diz respeito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e à lei de identidade de género, até porque o PSD já disse estar confortável com estes avanços. É raro em democracia haver este tipo de retrocessos de direitos e também não houve nenhum anúncio disso durante a campanha eleitoral”, lembrou.

ILGA questiona candidatos à presidência. Aguarda respostas

O que fariam os candidatos presidenciais perante leis que reconheçam a homoparentalidade, a exclusão do acesso de todas as mulheres às técnicas de procriação medicamente assistida, o fim da discriminação na adopção ou a proibição da discriminação com base na orientação sexual e na identidade de género no acesso a bens e serviços? Vetavam? Promulgavam? Enviariam para o Tribunal Constitucional? Estas são algumas das questões que a ILGA pretende ver esclarecidas pelos candidatos à Presidência da República.

Mudança de identidade já não precisa dos tribunais

O Parlamento aprovou hoje as alterações ao processo de mudança de identidade, que permitem mudar de sexo e de nome no registo civil, sem necessidade de interpor uma acção judicial, como ocorria até aqui. As propostas foram apresentadas pelo Governo e pelo Bloco de Esquerda, partido que registou maior apoio na hora da votação, ao totalizar apenas 19 votos contra.

 

A proposta do governo obteve 111 votos a favor (81 do PS, 15 do BE, 13 do PCP e 2 do PEV), 2 abstenções (1 do PS e outra do PSD) e 90 votos contra (73 do PSD e 17 do CDS). A proposta do Bloco de Esquerda recebeu 108 votos a favor (81 do PS, 10 do PSD e 2 do PEV), 76 abstenções (13 do PCP e 63 do PSD) e 19 contra (17 CDS, 1 PSD e 1 PS). As duas propostas descem agora à especialidade para ser redigida uma proposta única. Votaram 203 deputados.

 

A direcção da bancada do PSD deu liberdade de voto aos deputados laranjas, no entanto, esta quarta-feira o partido esteve no centro da discussão das propostas, ao defender a irreversibilidade da mudança de sexo, assim como a “circunstância de essas pessoas não estarem já em condições de procriar”, como referiu a deputada Teresa Morais, antes do debate parlamentar.

 

Ao dezanove, o deputado do Bloco José Soeiro deixou o alerta para a necessidade de o Parlamento ter em conta a realidade da população trans: “As pessoas trans são o grupo mais invisível da comunidade LGBT. Frequentemente, a imagem pública que se constrói dos e das trans é uma caricatura, entre a pura confusão com a realidade travesti e o retrato da prostituição”.

 

Já Miguel Vale de Almeida, eleito pelas listas do PS, apontou as próximas lutas a serem travadas no âmbito legislativo e que impactam a população LGBT: “Há que alterar o possível na Lei da Procriação Medicamente Assistida, que actualmente trata as mulheres como dependentes de um homem, e há que fazer pedagogia para tornar possível resolver as questões de adopção e co-adopção na próxima legislatura.”

 

Já segues o dezanove no Facebook?