No final de 2023, a editora Antígona lançou em Portugal a Autobiografia de Angela Davis, destacada activista norte-americana contemporânea. A obra, escrita aos 28 anos, mergulha nos desafios que marcaram a vida da activista, desde a infância em Birmingham, permeada pela segregação racial e ataques à comunidade negra. Por Nova Iorque, Europa, Cuba e pelo seu envolvimento nos movimentos negros ao regressar aos EUA no final dos anos 60.
"Além de ter escrito vários poemas de conteúdo homoerótico, Fernando Pessoa escreveu também vários poemas dirigidos a mulheres ou sobre as mulheres. No entanto, há que ver bem o que Fernando Pessoa diz nesses textos, pois o facto de serem poemas dirigidos a mulheres ou sobre as mulheres, não significa que nesses poemas Fernando Pessoa exprima afecto para com elas, mas sim rejeição. Essa rejeição, conforme veremos ao longo desta antologia, é feita através de ironias, sarcasmos, dúvidas, cepticismo para com as mulheres" é o que defende Victor Correia, escritor pessoano com várias obras publicadas.
Em 1989, Kimberlé Crenshaw cunhou o termo interseccionalidade no artigo "Demarginalizing the Intersecction of Race and Sex: A Black Feminist Critique of Anti-Discrimination Doctrine" analisando-a como se de uma metáfora se tratasse para representar as diversas camadas existentes dos sistemas de opressão social, incidindo o seu estudo nas desigualdades de género, raça e classe: "a discriminação, tal como o trânsito num cruzamento, pode fluir numa direcção e pode fluir noutra. Se ocorrer um acidente num cruzamento, este pode ser causado pelos carros que circulam em várias direcções e, por vezes, em todas elas.
“Quando as mulheres negras se movem, toda a estrutura política social se movimenta na sociedade”
Mulheres, Raça e Classe, da intelectual e feminista Angela Davis, é um clássico da literatura feminista, anti-racista e LGBTQIA+ dos feminismos contemporâneos.
Recentemente, partilhei aqui o quão fascinante foi para mim a descoberta da feminista Audre Lorde. Se ficaram motivados em explorar esta autora, destaco o seu livro 'Sister Outsider'.
Ain’t I a Woman (1981) ou, se quisermos em português,Não serei eu Mulher? (2018), é um clássico obrigatório da teoria feminista e reflexão interseccional. Pelas mãos de bell hooks, feminista e activista norte-americana, é resgatado o famoso discurso de Sojourner Truth (1852) para nos mostrar a sua indignação sobre a histórica diferença das experiências de mulheres negras e brancas no que toca aos papéis e identidades femininas. Para isso, bell hooks, constrói uma reflexão exímia em torno do impacto que a escravatura e o sexismo tiveram no estatuto social das mulheres negras norte americanas na segunda metade do séc. XX.
Vencedor do The 2020 Booker Price, considerado um dos melhores livros de 2021 pelo British Book Awards, o primeiro romance de Douglas Stuart, obra que lhe tomara 10 anos de escrita, conta-nos ao longo de 500 velozes páginas uma história de heroísmo e de amor num meio marcado pela miséria, pelo machismo e homofobia. O retrato da infância de Shuggie Bain, na Glasgow dos anos 1980 e 1990, é uma projecção das experiências de Douglas Stuart na sua cidade natal assim como de uma infância negligenciada pelo alcoolismo da mãe e o abandono do pai.
Apesar de já estar a ser analisada pela ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social), a crónica de Alexandre Pais intitulada “A imagem é tudo” publicada no Correio da Manhã, no dia 1 de Abril, a CIG (Comissão para a Igualdade e Cidadania) revelou ao site delas.pt que ainda não recebeu nenhum tipo de reporte sobre as críticas tecidas à imagem corporal das apresentadoras Cristina Ferreira e Maria Botelho Moniz.
Expressão e papéis de género é um assunto bastante discutido actualmente, mas que, infelizmente, ainda causa muita confusão. Neste artigo vou tentar, brevemente, clarificar esse assunto e trazer algumas notas para posterior reflexão.
Brigitte Macron, a mulher do presidente francês Emmanuel Macron, vai iniciar um processo judicial contra rumores que circulam na Internet que difundem que ela é uma mulher transgénero e que lhe foi designado o género masculino à nascença sob o nome Jean-Michel Trogneux.
A primeira edição do Festival Política, marcado para os dias 21 e 22 de Abril, no Cinema S. Jorge, em Lisboa, tem como tema central o combate à abstenção.
Realizar-se-á esta sexta-feira, dia 25 de Novembro, a 6.ª Marcha pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. Várias organizações convocaram a marcha que partirá da Praça do Comércio, pelas 18h00, em direcção ao Rossio, em Lisboa.