O livro A Abolição do Género para a Sua Expansão, de Ira Hybris, propõe uma visão que defende a superação dos papéis de género e das normas sexuais. Inspirada em pensadoras como Gayle Rubin, Monique Wittig e Mario Mieli, a autora rejeita as categorias fixas de "homem" e "mulher", apontando para um futuro livre de imposições identitárias. A obra traça uma genealogia do transfeminismo e destaca as primeiras teses que questionaram o género como uma construção social e política opressiva.
Sempre que assistia aos Jogos Olímpicos me perguntava porquê que a existir divisão de atletas em competição não seriam os factores peso e altura e não o género a categorizar atletas. A divisão de homens de um lado e mulheres do outro é tão infundada e sem sentido como dizer que um homem é mais físico e uma mulher mais cerebral. Afinal se assim fosse apenas teríamos mulheres como patroas e líderes. Porquê que as mesmas pessoas que defendem a vantagem hormonal física do homem perante a mulher não defendem que as mesmas devam ser patroas e líderes? É no mínimo uma das muitas conveniências machistas provenientes da macholândia.
Mauvais Genre, a premiada obra de Chloé Cruchaudet, é a mais recente banda desenhada a ser traduzida e editada para o mercado livreiro português. Inspirando-se na obra La Garçonne et l'Assassin (2011), dos historiadores Fabrice Virgili e Danièle Voldman, Chloé Cruchaudet recupera a história controversa de Paul e Louise Gappe, um casal parisiense envolto num crime de guerra e de homicídio no pós I Guerra Mundial.
Considerada como uma das intelectuais mais influentes da actualidade e uma das principais teóricas dos “pós-feminismos”, ganhando destaque internacional após a publicação do seu livro Personas Sexuais (1990) - obra adaptada da sua tese de doutoramento na qual critica veementemente o feminismo e defende o poder criador da masculinidade e homossexualidade masculina -, o pensamento de Paglia mostra controvérsia e até certa contradição aos princípios feministas que diz advogar, prova disso é a sua recente obra “Mulheres Livres, Homens Livres: Sexo, Género, Feminismo”, publicada originalmente em 2017 e traduzida para português um ano depois por Hélder Moura Pereira com a chancela da Quetzal.
Seek Bromance, a mais recente performance cinematográfica de Samira Elagoz, estreou em Portugal nas salas do Cinema S. Jorge, em Lisboa, no passado dia 22 de Fevereiro. A obra venceu o Leão de Prata na Bienal de Veneza em 2022.
Este Domingo, 18 de Dezembro, às 11h, realiza-se o workshop “Oficina de Género”, conduzido por Isaac Santos, homem trans e activista LGBTQIA+, onde se discutirá e analisará o género como espectro. Após o workshop, às 12h, Fabrícia Valente, co-curadora do Musex, realiza uma visita orientada à exposição Amor Veneris – Viagem ao Prazer Sexual Feminino. Às 15h, realiza-se, como é habitual, outra visita orientada, dirigida ao público em geral, e, pelas, 16h30, em parceria com a Locus Acesso, vai decorrer ainda uma visita acessível para pessoas cegas ou com baixa visão.
A nova criação da Mákina de Cena, a partir da obra Les Samothraces, de Nicole Caligaris, explora a difícil e obscura relação entre género e migração.
Integrando testemunhos de mulheres migrantes residentes na região algarvia, “Samotracias” compõe um mosaico íntimo dos sonhos partidos entre fronteiras.
No 4° Simpósio NEGEM – Intersecções serão abordados temas de Filipe Sambado, Rodrigo Vaiapraia, Arca, Lil Nas X, actuações de drag queen, festivais e espaços nocturnos frequentados ou voltados para pessoas LGBTI, entre outros assuntos. Este evento decorrerá em Lisboa, mas também podes assistir via Zoom.
Aproveitando as comemorações do dia que se assinalou esta semana, Dia Internacional contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia, e o decorrente período de consciencialização que atravessamos, assume especial relevância a proposta que nos oferece Flamenco Queer, caracterizada de forma vigorosa no seu último trabalho “Azúcar pa’ tu cuerpa”.
Quando nascemos é promovido um discurso de diferença em torno do nosso sexo biológico. Alimentado no meio familiar, profissional e jurídico pela cultura de massas, publicidade ou até pela medicina, esse discurso normaliza o que deve ser um homem ou uma mulher: quem nasce com uma vagina deverá ser obediente, ter recato e encontrar na maternidade o exponente máximo da sua realização; quem nasce com um pénis, deverá ser audaz, dominar pela força ou pela autoridade, ter mulher, filhos, e como principal foco a carreira profissional.
A artista Maria Mergulhão expressa-se através da pintura e da poesia e já fez várias exposições individuais e colectivas, tanto em Portugal como no Reino Unido.
Maria Mergulhão afirma não esconder as suas experiências que acabam espelhadas nas suas obras, transmitindo intimidade, transparência e espiritualidade, seguindo o mote “o pessoal é também político.”
Daniel Martins afirma que o principal objectivo enquanto professor é dar a conhecer as várias formas que permitem à criança de se exprimir quer seja através do teatro, dança, canto, origami, pintura, desenho entre outras artes.
Para além deste carácter de expansão de criatividade e expressão, em cada aula incorpora um tema de sensibilização como bullying, sexualidade, identidade de género, machismo, sexismo, autoconfiança, motivação pessoal, amor próprio entre outros temas considerados tabus.
Gavin Newson, governador do estado da Califórnia, assinou no passado dia 10 de Outubro uma nova lei que determina que as grandes superfícies comerciais passem a ter uma secção neutra de género, sem proibir as secções tradicionais divididas por géneros masculino e feminino.