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Nem na mata se encontram histórias assim

Reedição anotada de O Barão de Lavos, o polémico primeiro romance homossexual de Portugal 

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O Barão de Lavos, romance da série “Patologia Social” produzida por Abel Botelho (1855-1917), é  considerada a primeira obra literária portuguesa a abordar o tema da homossexualidade. Numa  época em que Portugal era ainda um país monárquico, extremamente conservador, dominado pelo  clericlarismo, o tema da homossexualidade masculina e da pedofilia trazidos com O Barão de Lavos (1891) mostrariam criar o escândalo dentro dos meios mais privilegiados da época não tardando a fazer parte dos livros proibidos e apreendidos pela Igreja.  

Puta Feminista: Histórias de uma trabalhadora sexual de Georgina Orellano

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"Durante muito tempo, quando alguém aludia àquele que é o meu trabalho há quinze anos, fazia-o usando o eufemismo da profissão «mais antiga», mas, para mim, o que a humanidade tem de mais antigo é a condenação das mulheres, das lésbicas, das travestis, das trans e das prostitutas que bem condenadas temos sido - e continuamos a ser - nesta sociedade machista e patriarcal." Georgina Orellano, Puta Feminista (ed. Orfeu Negro, 2023)

A nova velha história da censura de livros LGBTQIA+

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Os livros são uma ferramenta política poderosa. Despertando novas formas de pensar, agir e sentir, o acto de leitura contém em si a possibilidade de emancipação da mente e desenvolvimento do espírito crítico e livre, a possibilidade de transformação social e criação de novas formas de interagir com o mundo. Fruto do poder que o objecto livresco mostra encerrar surgem formas de controlo e limitação ao seu acesso. Recordemos que até Gutenberg e o surgimento da imprensa moderna o acesso aos livros era de uso privilegiado do clero e da nobreza. Na verdade não seria necessário recuar até tanto. Se recuarmos até meados do séc. XX, em Portugal, percebemos como os altos níveis de iliteracia espelhavam a desigualdade social de um país que passara meio século por um governo repressivo.

 

 

"Mulheres Livres, Homens Livres: Sexo, Género, Feminismo" de Camille Paglia

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Considerada como uma das intelectuais mais influentes da actualidade e uma das principais teóricas dos “pós-feminismos”, ganhando destaque internacional após a publicação do seu livro Personas Sexuais (1990) - obra adaptada da sua tese de doutoramento na qual critica veementemente o feminismo e defende o poder criador da masculinidade e homossexualidade masculina -, o pensamento de Paglia mostra controvérsia e até certa contradição aos princípios feministas que diz advogar, prova disso é a sua recente obra “Mulheres Livres, Homens Livres: Sexo, Género, Feminismo”, publicada originalmente em 2017 e traduzida para português um ano depois por Hélder Moura Pereira com a chancela da Quetzal.

 

"Coisas de Loucos: O que eles deixaram no manicómio" de Catarina Gomes

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«Coisas de Loucos», publicado pela Tinta da China em 2020 e já numa segunda edição, é uma obra em que, habilmente, Catarina Gomes resgata do esquecimento alguns dos doentes do primeiro hospital psiquiátrico a abrir e fechar portas no país, o Hospital Miguel Bombarda ou, como outrora conhecido, o Hospital Rilhafoles, Manicómio e/ou Asilo Miguel Bombarda (1848-2011). 

Corpos que Contam – Os limites discursivos do “sexo” de Judith Butler

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“Defender que o sexo já tem género, que já é construído, não explica como se produz forçosamente a «materialidade» do sexo. Com que restrições se materializam os corpos como «sexuados», como entenderemos a «matéria» do sexo e, de maneira mais ampla, a dos corpos como repetida e violenta circunscrição da inteligibilidade cultural? Que corpos se materializam e contam (matter], e porquê?” - Judith Butler, Corpos que Contam (Orfeu Negro, 2023)

 

"A Revolução do Homem" de Phill Barker

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“Um homem a sério é «alto, forte, musculado, tem entre 25-45 anos» (ou seja, ao que parece eu já sou demasiado velho para ser um homem a sério!), «é saudável, heterossexual, competitivo e dominante». Um homem a sério é «um polícia, um bombeiro, um mecânico, um advogado, um homem de negócios ou CEO». É alguém «zeloso, competente, um líder». «Bebe, assiste a e pratica desportos, e sai com os amigos.» Como de costume, não demonstra qualquer emoção para além da «raiva e da excitação». É «inflexível e violento». Este nosso herói «está sempre disposto ao sexo, tem muitas parceiras sexuais e sabe que fazer sexo é marcar pontos». «Tem um pénis grande, fica teso quando quer é mantém-se teso.» É também «sempre capaz de proporcionar um orgasmo à sua parceira» (ou orgasmos múltiplos) e «ejacula quando quer». Tem uma vida sexual focada em «coito, broches e possivelmente sexo anal (dar)».” A Revolução do Homem, Phill Barker (2020:29)

 

 

Top 5 queer mais marcante: Livros Internacionais

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Durante o mês de Maio questionamos os leitores do dezanove.pt sobre os livros que marcaram a nossa comunidade ao longo dos anos. Hoje vamos conhecer o top dos cinco livros LGBTI+ internacionais mais marcantes.

Top 5 queer mais marcante: Livros Nacionais

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Durante o mês de Maio questionamos os leitores do dezanove.pt sobre que temas seriam os mais marcantes em termos de literatura LGBTQI+. Hoje vamos conhecer o top dos cinco livros portugueses mais marcantes.

"Quando soube que era gay" de Eleanor Crewes

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Este é o livro ideal para te acompanhar nas tuas férias e garantimos desde já que todos os destaques e prémios são poucos para esta incrível combinação de banda desenhada, com novela gráfica e livro de memórias. Não é à toa que a frase da capa é de Alice Oseman, autora de Heartstopper, que saiu da série de livros para a Netflix que falamos diversas vezes aqui, aquiaqui, aqui e aqui, e curiosamente, Alice Oseman começou no Tumblr as suas publicações e Eleanor começou como uma zine feita à mão que a autora entregava pessoalmente em várias lojas de BD em Londres.

 

 

“Quero Apenas o Melhor Para ti” de Mason Deaver é uma das apostas da Desrotina para o mês de Julho

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Quando Ben De Backer decide revelar aos pais que se identifica como uma pessoa não-binária — não é um rapaz, nem uma rapariga —, elu é expulse de casa e tem de ir viver com a sua irmã mais velha, Hannah, e o marido dela que nunca conheceu. De repente, a vida de Ben muda drasticamente numa questão de dias: nova casa, nova escola... e uma perturbação de ansiedade provocada pela confissão da sua verdadeira identidade aos seus pais.

Eduardo Pitta, o “Rapaz a Arder” deixa-nos aos 73 anos

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Eduardo Pitta, poeta, romancista, ensaísta, crítico literário, o poeta que fez da escrita “homossexual” uma ferramenta de luta pela igualdade, faleceu na passada manhã desta terça-feira vítima de complicações decorrentes de um acidente vascular cerebral (AVC).

Roma, Temos um Problema – Como a Igreja Católica lidou com dois mil anos de abusos sexuais

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João Francisco Gomes, jornalista, autor de uma série de reportagens de investigação sobre os abusos sexuais na Igreja Católica em Portugal, publicada em 2019 e distinguida com vários prémios de jornalismo, traz-nos neste livro um testemunho sobre a crise e (in)capacidade da Igreja Católica em lidar com um fenómeno histórico e difuso, o flagelo dos abusos sexuais contra menores perpetrados pelos seus sacerdotes.

Género Queer: Memórias por Maia Kobabe

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Género Queer, de Maia Kobabe, um dos livros mais polémicos nos EUA, chegou às estantes portuguesas pela Edições Asa. Com tradução de Elga Fontes e revisão para linguagem neutra de Marta Maia da Costa, esta autobiografia queer mostra ser não só ser um recurso usado pelu cartoonista para se expressar e revelar ao mundo como se percebe/identifica como ao mesmo tempo mostra  ser uma história útil para quem esteja a passar pelas mesmas situações que Maia experienciou.