Ligamos a televisão e o telejornal despende mais de uma hora com a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Poderíamos falar do financiamento que este evento obteve, proveniente dos nossos impostos, contudo, existem muito mais provas de que não vivemos num estado verdadeiramente laico, pois quando entramos num hospital, vemos os santos e as cruzes penduradas em muitas das salas e quartos. Quem foge da norma, teme encontrar alguém fundamentalista, que lhe critique as tatuagens ou a orientação sexual e não faltam relatos sobre isso mesmo.
O dezanove.pt teve acesso a uma denúncia de uma fã da banda Coldplay a propósito de um concerto que a Fever e a Monsantos Air Open têm programado para 19 de Julho de tributo à banda Coldplay.
A marcha arco-íris de Lisboa juntou cerca de 30mil pessoas, ao passo que a de Évora contou com, sensivelmente, 350 presenças, tendo sido a primeira iniciativa do género, na capital do Alentejo Central, contudo, a situação que chamou mais a nossa atenção foi a vandalização da exposição "Missiva de Amor e Ódio".
Esta semana foi publicada uma declaração conjunta contra o incitamento à discriminação com base na orientação sexual, expressão e identidade de género nas redes sociais em Angola.
Antes da crónica, vai um aviso que este texto pode conter linguagem que alguns de vocês poderão achar triggering, mas eu acho que é fundamental falarmos acerca destas coisas.
Um relatório da principal organização LGBTI na Europa, a ILGA Europe, conclui que, apesar do aumento na retórica oficial anti-LGBTI, alimentando uma onda de crimes de ódio em todos os países da Europa, há uma crescente determinação institucional para combater o ódio e a exclusão.
No passado dia 20 de Julho, foi para o ar mais um programa “O Rei manda”, da Rádio AVfm de Ovar, no qual três locutores, falam sobre Francisco Soares, mais conhecido por Kiko is Hot, (o actor da série “Casa do Cais”), de forma sexualizada, preconceituosa e estereotipada.
No meio da loucura da minha adolescência, passava os dias deslumbrada com o imaginar do momento de independência. Imaginava todos os cenários em que viveria livre a minha orientação, as minhas relações e a minha sexualidade.
A reacção a mais um discurso do candidato presidencial André Ventura está a encher as redes sociais de homens e mulheres com os lábios pintados de batom vermelho.
O amor é a força mais poderosa do mundo. Por esse motivo, a mais recente campanha da Absolut celebra o poder do amor para criar um mundo mais aberto e fazer uma diferença real na vida das pessoas, especialmente em lugares onde o discurso de ódio e a intolerância são difundidos.
Há dias recebi uma mensagem de um leitor, do Brasil. Escreveu-me um longo texto, dizendo-me que vai acompanhando o meu percurso, que lê os poemas e artigos publicados aqui e acolá. E agradeceu-me. Não só pelos escritos, mas sobretudo por um vídeo em que apareço a discursar no encontro «Portugal, quem és tu?» — organizado pelo Fernando Alvim, em Janeiro de 2015, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa –, onde abordo a questão do bullying homofóbico de que fui alvo até aos 18 anos.
Para Dária, Daniel e mais um amigo a noite do último Sábado não correu como planeado. Após sairem de uma festa LGBT-friendly, já em plena rua e por volta das 06h30 da manhã começaram a ouvir "bocas": "Olha os paneleiros, com uma miúda, vão se todos enrabar com amiga!". Era o princípio de mais um ataque homofóbico.